Não bastasse as várias medidas conservadores pelo qual os brasileiros estão assustados [terceirização, retrocesso da educação nas Universidades Federais, mudanças na lei das domésticas, eucalipto transgênicos liberados, Projeto de Lei (PL) 7.735 que viola o direito de áreas indígenas e de agricultores familiares, ] foi aprovado o Projeto de Lei 4.148/08 que derruba a rotulagem de alimentos com ingredientes transgênicos.
Antes era obrigatória a rotulagem, com algum símbolo, nos alimentos transgênicos. Agora não há mais como as pessoas saberem se o que estão comprando/consumindo são organismos geneticamente modificados ou um alimento natural.
Foi aprovado no dia 28/04, pela Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei
4148/08 do deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS), que extingue a rotulagem
obrigatória de alimentos com ingredientes transgênicos. Com 320 votos a
favor e 135 contra, o projeto praticamente revoga o Decreto 4.680/03
que regulamentava o tema, passando a exigir identificação de presença de
Organismos Geneticamente Modificados (OGMs) nos alimentos somente por
meio de análise específica e segue agora para o Senado para votação.
Veja AQUI o posicionamento de cada deputado sobre a questão.
Livro da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) traz
evidências científicas sobre a relação entre agrotóxicos, transgênicos e
doenças e diagnostica atual situação destas substância no País
Foi lançado ontem (28/04) na UERJ (Universidade do Estado do Rio de
Janeiro) a nova edição do Dossiê Abrasco, trazendo um alerta sobre os
impactos dos agrotóxicos na saúde. A data marca também o Dia Mundial da
Saúde, comemorado no mês de abril, e os quatro anos de existência da
Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida. Estiveram
presentes diversas organizações que atuam junto à Abrasco no combate ao
uso indiscriminado de agrotóxicos e transgênicos, incluindo o Idec.
A obra lançada reúne as três partes revisadas do Dossiê Abrasco
lançadas ao longo de 2012 e traz ainda uma nova seção chamada “A crise
do paradigma do agronegócio e as lutas pela agroecologia”, que traz
informações sobre acontecimentos, estudos e decisões políticas
referentes aos agrotóxicos e também aborda o movimento em prol da
redução de uso dessas substâncias, bem como da adoção e disseminação de
um novo modelo agrícola.
Focado na correlação direta entre o uso de agrotóxicos e problemas de
saúde, o material denuncia a piora da situação do País em relação ao
uso de agrotóxicos, com aumento consecutivo de seu consumo e ainda a
liberação de comercialização de organismos geneticamente modificados
(OGMs), cujo cultivo é associado ao uso intensivo destes produtos . Em
nota, a organização afirma que “Não há dúvida, estamos diante de uma
verdade cientificamente comprovada: os agrotóxicos fazem mal à saúde das
pessoas e ao meio ambiente”.
O dossiê aborda ainda, entre outros temas, importantes esforços
nacionais aliados no combate ao uso de agrotóxicos, como a Política
Nacional para a Prevenção e Controle do Câncer, a Política Nacional de
Agroecologia e Produção Orgânica e aposta também na possibilidade de
consolidação do Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos (Pronara).
No mundo contemporâneo o ter acaba tendo mais valor do que o ser. O produtos adquirem o "signo da diferença de status". Ainda pior é o fato das pessoas fazerem atos sem pensar. O "não pensar", a falta de reflexão deixa o mundo um lugar sem sentido, não há solidariedade. Os comportamentos são embrutecidos. Acaba a civilização, acaba a humanidade bem antes de começar! A selvageria se instala. A barbárie torna-se o padrão.
Ao invés de fazer o selfie vire a câmera para o outro lado. Observar o mundo é mais interessante. Não obstante, as pessoas querem apenas repetir - cada vez mais do mesmo!
1 – ‘Tratado geral das grandezas do ínfimo’, de Manoel de Barros
“A poesia está guardada nas palavras – é tudo que eu sei.
Meu fado é o de não saber quase tudo.
Sobre o nada eu tenho profundidades.
Não tenho conexões com a realidade.
Poderoso para mim não é aquele que descobre ouro.
Para mim poderoso é aquele que descobre as insignificâncias (do mundo e as nossas).
Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil.
Fiquei emocionado.
Sou fraco para elogios.”
2 – ‘O valioso tempo dos maduros’, Mário de Andrade
Como Abujamra adaptou este poema, nós colocamos abaixo tanto a versão original quanto a alterada.
Original:
“Contei meus anos e descobri que terei
menos tempo para viver daqui
para a frente do que já vivi até agora.
Tenho muito mais passado do que futuro.
Sinto-me como aquele menino que
recebeu uma bacia de cerejas. As primeiras,
ele chupou displicente, mas percebendo
que faltam poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam
egos inflamados. Inquieto-me com invejosos
tentando destruir quem eles admiram,
cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para conversas intermináveis,
para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias
que nem fazem parte da minha.
Já não tenho tempo para administrar melindres
de pessoas, que apesar da idade cronológica,
são imaturos.
Detesto fazer acareação de desafetos
que brigaram pelo majestoso cargo de secretário
geral do coral. As pessoas não debatem conteúdos,
apenas os rótulos?
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos,
quero a essência, minha alma tem pressa?
Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado
de gente humana, muito humana;
que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com
triunfos, não se considera eleita antes da hora,
não foge de sua mortalidade, caminhar perto de
coisas e pessoas de verdade,
O essencial faz a vida valer a pena.
E para mim, basta o essencial!”
Adaptação:
“Contei meus anos e descobri que tenho menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora.
Tenho muito mais passado do que futuro. Então, já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero reuniões em que desfilam egos inflamados.
Inquieto-me com invejosos cobiçando o lugar de quem eles admiram.
Já não tenho tempo para conversas inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas idosas, mas ainda imaturas.
Detesto pessoas que não debatem conteúdos, mas apenas rótulos!
Quero viver ao lado de gente que sabe rir de seus tropeços, não se
encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de
sua mortalidade.
Quero caminhar perto de coisas e pessoas de verdade.
Apenas o essencial faz a vida valer a pena.
E para mim, basta o essencial!”
3 – ‘Esquece o Futuro’, de Michel de Montaigne
"Esquece o futuro... Ele não te pertence!
O presente te basta!
Mas é preciso ser rápido, quando ele é mau presente
E andar devagar quando se trata de saboreá-lo
Expressões como: ‘passar o tempo’ espelham bem a maneira
de viver dessa gente prudente.... que imagina não haver coisa melhor
para fazer da vida.
Deixam passar o presente, esquivam-se, ignoram o presente
Como se estar vivo fosse uma coisa desprezível
Porque a natureza nos deu a vida em condições tão favoráveis
que só mesmo por nossa culpa ela poderia se tornar pesada e inútil!"
4 – ‘Não quero muitas e nem poucas palavras’, de Aline Binns
“Não quero muitas
E nem poucas palavras.
Não quero definições
E nem quero sentenças.
Quero apenas caminhar com sede
E ouvir-me silenciosamente,
Enquanto atravesso essa vida em tumulto,
Esse alarde,
Essa insana busca de tudo,
Para o nada que preciso.”
5 – ‘Arte de Amar’, de Manuel Bandeira
“Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus - ou fora do mundo.
As almas são incomunicáveis.
Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não.”
1.Lutar contra um golpee em defesa do aprofundamento da democracia
popular no País;
2.Lutar contra os ajustes neoliberaisque o governo Dilma está implementando por
meio de corte de gastos sociais e de direitos dos trabalhadores;
3.Defender a Petrobrase o direito do povo
brasileiro sobre as reservas de petróleo, frente à ofensiva do capital
internacional que, com seus prepostos nos brasileiros, está tentando desmontar
a empresa e privatizar a riqueza do Pré-sal;
4.Denunciar os corruptos e
corruptoresque apareceram na Petrobras, nos casos de envio de
dólares para contas secretas na Suíça, nas obras do metrô e trens de São Paulo,
no caso de Furnas, em Minas Gerais, e em outros casos emblemáticos;
5.Lutar
por uma reforma política no País. Que começa pela proibição de financiamento privado das campanhas, para isso é urgente a decisão do Supremo
Tribunal Federal (STF) no julgamento sobre financiamentos, mas também a
aprovação do projeto de lei da coalizão democrática e o plebiscito popular para
que o povo decida pela convocação de uma assembleia constituinte;
6.Lutar por uma reforma dos meios de comunicação;
7.Lutar por uma reforma tributáriaque altere as regras de impostos, em que os
ricos e milionários paguem a conta.
Tais mudanças seriam
importantes para abrir caminho para uma sociedade mais democrática e antecipar
outras reformas estruturais – reforma da educação, reforma urbana e reforma agrária.
Trecho com base em “um
programa popular” de João Pedro Stedile, publicado na revista Caros Amigos ano
XIX, n. 217, abril-2015.
" Esse programa pode não ser uma janela aberta para o mundo, mas é certamente um periscópio sobre o oceano do social"
Abujamra sobre o Provocações
Foi um grande apresentador, ator e diretor. Assistia ao programa Provocações a muito tempo. Em suas entrevistas, Abujamra questionava contundentemente o seu interlocutor com diálogos altamente provocativos. Entrevistou várias figuras conhecidas e desconhecidas do brasileiro.
Particularmente, as suas finalizações com declamações de poemas eram fantásticas, vai deixar saudades!
por uol:
Abujamra morreu em sua casa, no dia 28 de abril de 2015, no bairro de Higienópolis. De acordo
com informações da TV Globo, a causa da morte foi um infarto do
miocárdio. O velório será realizado no Teatro Sérgio Cardoso, na Bela
Vista, no fim da tarde desta terça.
A página oficial do programa
"Provocações" no Facebook divulgou nota lamentando a notícia. "É com
grande pesar que informamos que hoje, 28/04/2015, o apresentador de
Provocações, Antônio Abujamra, faleceu. Agradecemos o carinho e apoio de
todos que têm nos acompanhado ao longo desses 14 anos de programa."
Um dos principais nomes do teatro brasileiro nos anos 1960 e 1970,
Abujamra ficou conhecido pela irreverência de suas encenações. Começou
no teatro amador em Porto Alegre, na peça "Assim É se lhe Parece" e, ao
longo de sua carreira, trabalhou ao lado de grandes nomes do teatro
nacional, como Ruth Escobar, Nicette Bruno e Paulo Goulart, além de ter
dirigido atores como Antônio Fagundes e Vera Holtz em diversas ocasiões.
Ganhou a simpatia do grande público no anos 1980, ao participar de
telenovelas como "Que Rei Sou Eu?" (1989), da Rede Globo, em que
interpretou o bruxo Ravengar.
Sua última atuação em novelas foi
em 2011, em "Corações Feridos", do SBT; no cinema trabalhou na dublagem
da animação nacional "Brichos 2 - A Floresta é Nossa".
Trajetória
Um dos principais nomes a inovar a cena teatral brasileira nas décadas
de 1960 e 1970, Antônio Abujamra nasceu em 13 de setembro de 1932, em
Ourinhos (SP). Formou-se em filosofia e jornalismo pela PUC do Rio
Grande do Sul em 1957, época em que também se envolveu com o teatro,
inicialmente como crítico, e depois como diretor e ator.
Após um
tempo estudando na Europa, retornou ao Brasil em 1961, onde estreou
profissionalmente dirigindo "Raízes", de Arnold Wesker, no Teatro
Cacilda Becker, e "José, do Parto à Sepultura", de Augusto Boal, no
Teatro Oficina. Em seguida, dirigiu uma série de espetáculos para a
produtora Ruth Escobar, começando por "Antígone, América", de Carlos
Henrique Escobar (1962). Em 1963, Abujamra fundou o Grupo Decisão com
Antônio Ghigonetto e Emílio Di Biasi, com a intenção de fazer um teatro
político, influenciado por Bertold Brecht. O grupo ganha prestígio e, em
1965, a montagem de "O Berço do Herói", de Dias Gomes, é interditada
pela censura no dia do ensaio geral. Voltaria a ser alvo da censura em
1975, quando teve a montagem de "Abajur Lilás", de Plínio Marcos,
proibida. No mesmo ano, dirigiu Irene Ravache e Lilian Lemmertz em "Roda
Cor de Roda".
Divulgação/Viva
Abujamra na pele do personagem Ravengar, na novela "Que Rei Sou Eu?", em 1989
Já nos anos 1980, dedicou-se a recuperar o Teatro Brasileiro de
Comédia, com espetáculos de grandes nomes, como Millôr Fernandes,
Nelson Rodrigues e Dario Fo. A montagem de "Entre os sucessos Um Orgasmo
Adulto Escapa do Zoológico", de Fo, em 1984, projeta a atriz Denise
Stoklos à carreira internacional.
Em 1991, fundou a companhia Os
Fodidos Privilegiados e recebeu um Prêmio Molière pela direção de "Um
Certo Hamlet", espetáculo de estreia do grupo.
Nas novelas de
TV, seu papel mais popular foi como o bruxo Ravengar, de "Que Rei Sou
Eu?" (1989). Também autou em "Cortina de Vidro" (1989), "Amazônia"
(1991), "O Mapa da Mina" (1993), "A Idade da Loba" (1995), "Marcas da
Paixão" (2000), "Começar de Novo" (2004) e "Poder Paralelo" (2009). Sua
última novela foi "Corações Feridos", no SBT, em 2011..
Desde
2000, Abujamra apresentava o programa de entrevistas "Provocações", na
TV Cultura. Ao todo, foram 695 edições do programa, para o qual
entrevistou personalidades como Mario Prata, Maria Adelaide Amaral, Ruth
Escobar, Clodovil, Antonio Petrin, Laura Cardoso e Paulo Autran. Em
março último, conduziu uma divertida entrevista com seu próprio filho, o
músico André Abujamra - o apresentador é pai também de Alexandre.
Abujamra sempre abria o "Provocações", que ia ao ar às terças feiras na
TV Cultura, definindo o campo que pretendia alcançar com suas
entrevistas: "Esse programa pode não ser uma janela para o mundo, mas é
certamente um periscópio sobre um oceano do social". Sobre a palavra que
dava nome à atração, "Provocações", ele dizia que deveria ser dita "por
uma Medeia, uma grega"
A polícia militar erra mais uma vez! Não bastasse ser defensora de um Estado, de interesse de mercado, da propriedade, da violência em comunidades e contra certos setores da sociedade, a violência contra a juventude pobre - e negra; agora há uma homenagem a uma certa pessoa. A homenagem é uma medalha de honra que será entregue no dia 22 de abril no Comando Geral da polícia militar.
O questionamento é certo: Qual foi o critério? Por que tal homenagem a uma pessoa que não fez nada para a população? Ao contrário, a figura homenageada é alguém que gosta de polêmicas e se envolve em vários conflitos - sempre atuando de maneira racista, grosseira e sem respeito com a diversidade.
A polícia tem muita coisa para se preocupar. A polícia militar está um nó só. Para desatar os nós, a melhor coisa é cortá-los.
No que se refere a sociedade, não é possível alterá-la apenas mudando hábitos e consumo. É preciso que movimentos sociais atuem em prol de estabelecer as transformações significativas da sociedade. Os movimentos sociais são a base para uma outra concepção de mundo e se articulam para manter ou mudar as relações sociais em uma sociedade. Optamos pela mudança! [Miro e Documentário Hoje!]
Essa semana, no dia 14 de Abril, completou um ano do sequestro das meninas da Nigéria!
Uma violação severa dos Direitos Humanos, e o mundo não acorda para essas questões.
O presidente eleito da Nigéria, Muhamadu Buhari, admitiu nesta
terça-feira (14) que não pode prometer o resgate das mais de 200 meninas
que seguem em paradeiro desconhecido, um ano depois de terem sido
sequestradas pelos islamitas do Boko Haram.
Crianças
participam do protesto hoje em frente ao Ministério da Educação da
Nigéria para lembrar as garotas sequestradas pelo Boko Haram Foto: AFP
O sequestro, em 14 de abril de 2014, de 276 estudantes de uma escola
de ensino médio de Chibok, uma pequena cidade no noroeste da Nigéria,
gerou uma onda de indignação em todo o mundo e vários países organizaram
nesta terça-feira cerimônias em sua memória.
Apesar de algumas dessas jovens terem conseguido escapar ao longo dos meses, 219 seguem desaparecidas.
Almanaque D’Elas leva o feminismo para o dia a dia de brasileiras e brasileiros
“Ah! Então, sou feminista” essa é
conclusão que a leitora e o leitor terão depois de ler o Almanaque
Feminista. A publicação da Rede Nacional Feminista de Saúde, lançada em
30 de março, ganhou versão eletrônica.
O almanaque traça a trajetória do
movimento feminista no mundo, suas personagens e lutas em busca de
igualdade. Segundo Clair Castilhos, secretaria executiva da Rede
Feminista, a publicação busca quebrar tabus e conceitos antigos que
afastam mulheres e homens do movimento em busca de igualdade. “Ao final
da leitura, é bem possível que as pessoas cheguem a essa conclusão: “Ah!
então sou feminista!”, afirmou.
A publicação será distribuída para
as oito regionais e dois pontos focais que formam a Rede Nacional
Feminista de Saúde – Pará, Paraíba, Paraná, Bahia, Minas Gerais, Rio de
Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo, Santa Catarina e Distrito
Federal. Esse é desdobramento do projeto “Feminismo em Gestão”,
promovido pela Rede Feminista, em parceria com a Casa da Mulher Catarina
e com o Fundo Elas.
O conteúdo do Almanaque Feminista é
semelhante ao de qualquer outro, com textos, tiras, curiosidades,
imagens – conteúdo diverso, abordado com leveza e direcionado ao
feminismo. “Com uma abordagem mais popular sobre temas relacionados ao
feminismo e à questão de gênero, buscamos atingir o maior número de
pessoas, de uma de maneira mais informal e objetiva”, explica a
secretaria executiva.
Galeano nasceu em 3 de setembro de 1940 em Montevidéu em uma família católica de classe média de ascendência europeia. Na infância, Galeano tinha o sonho de se tornar um jogador de futebol; esse desejo é retratado em algumas de suas obras, como O futebol de sol a sombra
(1995). Na adolescência, Galeano trabalhou em empregos nada usuais,
como pintor de letreiros, mensageiro, datilógrafo e caixa de banco. Aos
14, vendeu sua primeira charge política para o jornal El Sol, do Partido Socialista.
Galeano iniciou sua carreira jornalística no início da década de 1960 como editor do Marcha, influente jornal semanal que tinha como colaboradores Mario Vargas Llosa e Mario Benedetti. Foi também editor do diário Época e editor-chefe do jornal universitário por dois anos. Em 1971 escreveu sua obra-prima As Veias Abertas da América Latina.
Em 1973, com o golpe militar do Uruguai, Galeano é preso e mais tarde seu nome colocado na lista dos esquadrões da morte e, temendo por sua vida, exila-se na Espanha, onde deu início à trilogia Memória do Fogo. Em 1985, com a redemocratização de seu país, Galeano retornou a Montevidéu, onde viveu até sua morte, em 2015.
Em princípios de 2007 Galeano caiu seriamente doente, mas recuperou-se, após uma bem-sucedida cirurgia em Montevidéu.
A obra mais conhecida de Galeano é, sem dúvida, As Veias Abertas da América Latina. Nela, analisa a História da América Latina
como um todo desde o período colonial até a contemporaneidade,
argumentando contra o que considera como exploração econômica e política
do povo latino-americano primeiro pela Europa e depois pelos Estados Unidos. O livro tornou-se um clássico entre os membros da esquerda latino-americana. Em Brasília,
após mais de 40 anos do lançamento do seu mais famosa obra, durante a
2ª Bienal do Livro e da Leitura, Eduardo Galeano admitiu ter mudado de
ideia sobre o que escrevera. Disse ele: "'Veias Abertas' pretendia ser
um livro de economia política, mas eu não tinha o treinamento e o
preparo necessário". Ele acrescentou que "eu não seria capaz de reler
esse livro; cairia dormindo. Para mim, essa prosa da esquerda
tradicional é extremamente árida, e meu físico já não a tolera.".2
Memória do Fogo é uma trilogia da História das Américas. Os
personagens são figuras históricas: generais, artistas, revolucionários,
operários, conquistadores e conquistados, que são retratados em
pequenos episódios que refletem o período colonial do continente. Começa
com os mitos dos povos pré-colombianos e termina no início da década de 1980.
Na obra, Galeano destaca não apenas a opressão colonial, mas também
atos individuais e coletivos de resistência. A obra foi aclamada pela
crítica literária e Galeano foi comparado a John Dos Passos e Gabriel García Márquez. Ronald Wright, do suplemento literário do The Times,
escreveu que "os grandes escritores dissolveram gêneros antigos e
encontraram novos. Esta trilogia de um dos mais ousados e talentosos da
América Latina é impossível de classificar".
Revoltado
com a atuação de parlamentares no Congresso, um grupo de manifestantes
foi ao Aeroporto Internacional de Campo Grande com cartazes
hostilizando cinco representantes de Mato Grosso do Sul em Brasília. Os
deputados federais ganharam antipatia de parte dos trabalhadores quando
votaram a favor do projeto que regulamenta os contratos de terceirização
no setor privado e para as empresas públicas, de economia mista, suas
subsidiárias e controladas na União, nos Estados, no Distrito Federal e
nos municípios.
Os cartazes, com dizeres: “Procurado- Traidores que votaram contra os
direitos dos trabalhadores”, tinha como alvo os deputados que, segundo o
grupo, votaram a favor da terceirização: Elizeu Dionizio (SD),Luiz
Henrique Mandetta (DEM), Geraldo Resende (PMDB), Carlos Marun (PMDB),
Dagoberto Nogueira (PDT) e Tereza Cristina (PSB).
O grupo escolheu a segunda-feira para fazer protesto porque é o dia
que, geralmente, deputados e senadores voltam para Brasília, já que as
sessões acontecem de segunda a sexta-feira.
O deputado Elizeu Dionizio (SD) foi um dos abordados, mas não parou
para conversar. Já o senador Waldemir Moka (PMDB) se comprometeu a fazer
uma discussão mais aprofundada para que não se acabe com os direitos e
abra brecha para terceirização de todo setor público.
O presidente do Conselho Estadual de Saúde, Ricardo Bueno, explica
que o projeto desobriga empresas da corresponsabilidade com as
terceirizadas. “É a precarização do serviço . As pessoas vão trabalhar
mais. O empresário que terceiriza não quer perder. Ganha e contrata mão
de obra com preço bem baixo”, reclamou.
Ricardo Bueno cita como exemplo o caso da empresa Viga, que presta
serviço no Hospital Regional. Segundo ele, o Estado paga R$ 3 mil para
empresa, que contrata um servidor com salário mínimo. O protesto teve
apoio do Sindicado da saúde, da Enersul, dos servidores da Funasa,
Correios, Embrapa, Construção Civil e da Central Única de Trabalhadores
(CUT).
O projeto aprovado na Câmara permite a terceirização de todos os
setores de uma empresa, o que levanta crítica de quem acredita que tal
atitude provocará a precarização dos direitos trabalhistas e dos
salários.