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segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

8/1 a partir da imaginação sociológica!

                       Fonte: pixabay.

O 8/1 marca o dia em que ocorreram  os atentados contra a sede dos três poderes da republica no Brasil no ano de 2023. Então, comemora-se [se é que há algo para celebrar!?] um ano desta que foi a última intentona golpista dentre tantas que o país já teve em sua historiografia. 

Uma coisa que não pode passar em branco é a seguinte: não é salutar perceber o 8/1 como coisa isolada. Ou seja, não é possível compreender todo o fenômeno sem fazer as devidas conexões e contextualizações. Para isso, é sempre bom confiar em clássicos que nos ajudam a entender o tecido social. Charles Wrigth Mills [1916-1962], não é de todo conhecido fora do círculo das ciências sociais - mas é ele que nos ajuda a pensar coletivamente. Ele foi um sociólogo, pesquisador e professor norte-americano, autor da obra prima “A Imaginação Sociológica”. No livro em questão, ele defendia que não era suficiente pensar e refletir isoladamente. E mais do que isto, o importante é pensar com imaginação, uma imaginação sociológica e crítica do que ocorre na sociedade. O sociólogo americano doutorou-se em Sociologia [e Antropologia] na Universidade de Wisconsin [nos EUA]. Ele faz um apelo para que os intelectuais tenham uma postura crítica e reflexiva diante da complexidade do real - e tomar parte nos debates é indispensável para a libertação dos seres humanos de ideologias que não se mostratarm aptas a compreender as mudanças sociais.

Com certa ressalva histórica, podemos constatar que o que ocorreu durante o 8/1 foi uma tentativa de golpe sim! E não foi isolada. Se os militares apoiassem, enquanto instituição, o golpe teria sido efetivado. Apesar do apoio geral de militares, golpistas, negacionistas e defensores do liberalismo autoritário, a caserna não se mostrou com disposição para avançar com mais uma vez um regime ditatorial. E, não esqueçamos: nenhum militar foi responsabilizado pela justiça comum e/ou na justiça militar. Isso indica alguma coisa muito perigosa para o país.

Mills nos deixa um legado para interpretar o poder das elites, a percepção de mundo das classes médias e a relação entre indivíduo e sociedade. Utilizando de suas contribuições, podemos pensar e fazer uso da imaginação sociológica e interpretar o 8/1 como um caso que se conecta a outras dimensões do social. Vamos conectar tudo, a partir de quatro pontos:

Primeiramente, o ato em si não foi isolado. Não foi coisa de desocupados, golpistas que estavam acampados e com uma ideologia autoritária e persecutória as liberdades individuais. Tais golpistas foram endossados por lideranças da extrema direita como o capitão Bolsonaro. Os mesmos golpistas que desejavam um golpe militar, defendiam em palanques/cartazes/redes sociais o fechamento do Supremo Tribunal Federal [STF], a volta do A.I-5. 

Em segundo lugar, as instituições brasileiras [política/justiça/segurança] não conseguiram frear os diversos crimes cometidos como a incitação à violência, atentados contra pessoas e organizações e ameaças a democracia. Então, deixaram os golpistas andarem e nadarem à vontade - surfando na onda autoritária.

Em terceiro lugar, as mesmas pessoas que atacavam a sociedade civil, os movimentos sociais, as minorias sociais, as mulheres, pretos, população LGBTQIA+, estavam defendendo e produzindo o quebra-quebra na praça dos três poderes no lamentável dia 8/1.

Em quarto lugar, desde as manifestações de junho de 2013 que a extrema direita se sente no direito de atacar o diferente, de hostilizar as minorias, de ameaçar quem quer seja que pense de modo contrário aos dogmas sectários. Ninguém escapa ileso - nem um padre que desenvolve um trabalho pastoral com público carente como os sem tetos. O padre Julio Lancelotti, que atende durante vários anos a população socialmente vulnerável na maior metrópole da América Latina, foi alvo de perseguição de Rubinho Nunes [Vereador de São Paulo - União Brasil]. Este último disse aos quatro cantos que ONGs exploram a miséria da população e, não bastasse isto, o vereador também atuou fortemente para abrir uma CPI contra o padre Julio Lancelotti -  alguém que mais lembra a atuação de Jesus e defende os preceitos cristãos no país.

Vários vereadores retiraram a assinatura do documento que jpede a instauração da CPI. Mas o estrago já estava feito, a ameaça contra o padre era real. O vereador já se manifestou nas redes sociais dizendo que o Lancellotti era o "padre de Boulos" - referência ao Guilherme Boulos do PSOL de São Paulo, e que o padre tinha que se explicar sobre o que Rubinho chama de "máfia da miséria". 

                             Fonte: pixabay.


Lembra que falamos lá no início sobre a imaginação sociológica e  pensar coletivamente? Então, façamos mais algunas conexões. Quem é Rubinho Nunes? Ele é um advogado que iniciou a sua atuação política no Movimento Brasil Livre [MBL] - foi na verdade um dos seus fundadores. Os quadros do MBL, desde 2014 comporam uma direita radicalizada e defensora de ditames ultraliberais, perseguição aos docentes e universidades e o enfraquecimento do Estado. Não podemos esquecer que defenderam o impeachment da presidenta Dilma Rousseff [PT]. Tais membros são contrários ao desenvolvimentismo do estado e políticas públicas para os mais pobres. Defende a "meritocracia" do Capital - dos ricos e banqueiros. O próprio vereador ataca as ONGS mas, como mostra uma reportagem do site The Intercept Brasil Nunes alocou cerca de 3,8 milhões de reais em emendas parlamentares para fomentar eventos. A meritocracia é bom para os outros.

Este grupo também são defensores da falácia "Escola sem Partido". Tal movimento que tenta cooptar jovens e dispolitizar a juventude para o impedimento de uma massa crítica na população. O MBL está na raiz de atitudes persecutórias contra professores [de todo o país] e invasões a universidades. Lembra do pessoal bolsonarista que defendia que os alunos deveriam vigiar e gravar seus professores - dando o pontapé inicial para a violência nas escolas? Então, Kim Kataguiri e Renan dos Santos, outros fundadores do MBL, também estão entre os que defende o homeschooling e o Escola sem Partido. Santos foi a pessoa que acompanhou Arthur do Val na viagem [turismo sexual] pela Europa para "pegar loira". Se a sua memória não ligou o nome a pessoa, saiba que Arthur do Val foi o machista/misógeno que disse que as mulheres ucranianas "são fáceis porque são pobres". E pra fechar esse menu de pratos indigestos, Arthur do Val foi protagonista em uma armação contra o padre - com fake news acusando o padre de pedofilia. Resumo da ópera: devemos ter muito cuidado com misóginos, racistas, autoritários, golpistas - com poder e capital político os estragos podem ser ainda maiores. 

prof. Miro Santos








domingo, 16 de fevereiro de 2014

Abaixo-assinado para barrar candidatos ficha suja!

Abaixo-assinado na Internet visa garantir que candidatos “ficha suja” sejam barrados pelo TSE

Campanha promovida pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) solicita que Tribunal Superior Eleitoral inclua as certidões cíveis na documentação exigida para o registro de candidaturas

As eleições estão se aproximando e, de acordo com o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), ainda não há garantia de que todos os candidatos "ficha suja" terão suas candidaturas barradas pela Justiça Eleitoral. Por isso, a organização, que liderou o processo na aprovação da chamada Lei da Ficha Limpa, promove uma campanha pela Internet, visando sensibilizar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a situação.  

Na avaliação do MCCE, o problema é que no processo de registro das candidaturas são exigidas somente as certidões criminais e não as certidões cíveis dos candidatos.

“Sem as certidões cíveis fica difícil enquadrar candidatos ‘ficha suja’ dentro da Lei da Ficha Limpa, pois não haverá como checar se estes candidatos respondem aos processos cíveis que os eliminariam das eleições”, argumenta o documento da campanha que está circulando nas redes sociais.

Com o objetivo de fechar essa brecha aos candidatos “ficha suja”, o MCCE solicita que os cidadãos assinem um abaixo-assinado dirigido ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), solicitando que o órgão inclua as certidões cíveis na documentação exigida para o registro de candidaturas.

Os ministros do TSE têm somente até o dia 5 de março para aprovar a resolução que resolveria o problema. “Não é muito tempo, mas acreditamos que, com a pressão da sociedade, conseguiremos chamar atenção para esta resolução que é tão simples e ao mesmo tempo totalmente viável”, afirma o texto da campanha.

Acesse o link abaixo e apoie o abaixo-assinado, que já foi subscrito por mais de 28 mil pessoas.
https://www.change.org/pt-BR/peti%C3%A7%C3%B5es/ministros-do-tribunal-superior-eleitoral-aceite-certid%C3%B5es-c%C3%ADveis-no-registro-de-candidaturas-para-as-elei%C3%A7%C3%B5es-de-2014?utm_source=action_alert&utm_medium=email#share


Fonte: ABRACCI

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Orçamento público ao seu alcance



Nesta publicação o Inesc apresenta noções básicas do orçamento público. O objetivo é contribuir para que cidadãos e cidadãs aprendam a acompanhar os gastos governamentais e se mobilizem para inervir nas decisões sobre o destino dos recursos públicos.





O orçamento público ao seu alcance



Fonte: INESC

domingo, 28 de outubro de 2012

Novos rumos para a política em Campo Grande

É, após as eleições, campanhas, "corridas eleitorais", candidatos faz tudo, panfletos, programas de televisão, tudo chega ao fim. Na verdade é apenas o começo de mais uma etapa.

Esperamos que seja uma etapa com compromissos e respeito à democracia. Respeito as pessoas. Cansei de ouvir candidatos que nada fizeram ou têm a acrescentar.

Espero também que as pessoas participem mais. Não adianta votar. Da mesma forma que não adianta esperar que os "representantes" do povo façam. O trabalho deve ser diagnosticado, vistoriado, observado.  

Cidadania plena é participar dos processos de decisão. Ir até a escola pública e participar. Ir nas reuniões dos conselhos de saúde. Conversar com a polícia da região a respeito da polícia comunitária.

Aprendam a participar. Solicitem educação para a cidadania e a política não será mais chata, não terá mais politicagem e sim participação e democracia!


Uma boa seria se a Assembléia Legislativa, de MS, fizesse um curso voltado para cidadania, participação e política para a comunidade. 

Varios institutos realizam esse trabalho no Brasil afora. Aqui é chegado a hora!  
Pensem nisso.