terça-feira, 11 de setembro de 2018

7 Estratégias imperdíveis para quem sonha em passar em um concurso público!


1. A dopamina como estratégia

Não existem pesquisas confirmando que uma caneta nova vai aumentar sua capacidade de aprender. A ciência, porém, já comprova que qualquer coisa que nos dá prazer aumenta os níveis de dopamina no organismo e que este neurotransmissor é um “motivador” para estudar. Então, periodicamente, dê-se o prazer de ter coisas que gosta, como a caneta em gel que você “namora”, por exemplo, e terá sempre um “combustível” para impulsionar seus estudos.

2. Cada um na sua hora

Uma técnica importante no processo de aprender é afastar as interferências. Já sabemos que estudar para aprender precisa de foco e concentração. Sabemos também que para ampliar nossa capacidade nesta área precisamos manter a maior distância possível de todo tipo de distração, como TV, celular, computador etc.
Entretanto, algumas vezes estamos nos organizando de maneira equivocada e acabamos por “misturar” o que aprendemos. Por exemplo, se em dois dias seguidos participarmos de duas festas diferentes, poderemos facilmente confundir os nomes das pessoas que conhecemos em cada uma, não é mesmo?
Com os estudos acontece a mesma coisa. Caso você programe matérias semelhantes para serem trabalhadas sucessivamente na mesma sessão de estudo, alguma interferência pode acontecer e atrapalhar o seu aprendizado. Por exemplo, não estude física seguida de matemática. As fórmulas e cálculos poderão “embaralhar-se” em sua mente.
Faça assim: uma parte de física, seguida de outra de língua portuguesa e no terceiro tempo, a matemática. Outra sugestão é iniciar outra sessão de estudos com ela, em outro horário.

3. A aula é uma estratégia de estudo

Você sabe como professores se preparam para dar aula? A maneira sistemática e lógica de ordenar temas permite que se absorva o conteúdo mais facilmente, o que se torna fácil também de recuperar na hora de resolver questões sobre esses assuntos.
Estude como se fosse para ensinar a outros alunos. Pense em como você exporia a matéria, quais explicações daria e vá organizando o material, como se fosse para “apresentar”.Inclusive, recite a “aula” para você mesmo, quantas vezes achar necessário para fixar o assunto.



4. O cérebro quer novidade

Quando aprendemos algo novo, uma rede neural se forma em nosso cérebro para “marcar” o caminho da informação. Encurtar esse caminho ou “ensinar” nosso cérebro a reconhecer onde está o que aprendemos é muito vantajoso quando formos buscar um conhecimento específico.
Auxiliamos na recuperação destas informações, por exemplo, estudando uma matéria em um ambiente qualquer, diferente do costumeiro. Veja: se você tem dificuldades em absorver determinado conteúdo de uma matéria, experimente ir estudar em outro lugar, por exemplo, na varanda, no jardim, na biblioteca etc. Eleja este local para estudar somente esta matéria.
Quando você precisar lembrar-se desse conteúdo vai associar ao local diferente, já é um passo para o caminho do aprendizado.
Outra estratégia trata-se de utilizar cores específicas para lidar com essa disciplina mais trabalhosa. Por exemplo, se você gosta de verde, prefira escrever, fazer exercícios ou mesmo escolher um móvel ou almofada nesta cor cada vez que for trabalhar este assunto. A associação será muito favorecida.

5. A estratégia de ir além

Leia, ouça, fale sempre mais do que o necessário sobre os assuntos que vai estudar. É cientificamente comprovado que a familiaridade com um determinado tema ajuda no aprendizado novo ou mais aprofundado sobre ele. Por exemplo, enxadristas experientes são capazes de memorizar novos movimentos mais rapidamente do que outras pessoas que não estão familiarizadas com o xadrez.
Então, o que você faz? Procure assistir palestras, vídeos, aulas, ler artigos de revista ou científicos, conversar com pessoas que entendam do assunto para melhor se capacitar em aprender mais e melhor.

6. O “cramming” não é uma boa estratégia para aprender

 

O que será mais eficaz, uma sessão de estudos com 4 horas ininterruptas, (conhecido como “cramming”) em um domingo à tarde ou 1 hora de estudos a mais a cada noite na semana? É sabido desde os primórdios da psicopedagogia que se aprende melhor quando “fatia” os episódios de estudo. Recentemente foi descoberto o motivo.
Neurobiólogos americanos descobriram um mecanismo biológico que contribui para o efeito intensificador do treinamento espaçado: as sinapses cerebrais (“os caminhos do aprendizado”) fixam memórias muito melhor quando ativadas por breves instantes em intervalos de uma hora. Por isso, sabemos que há um limite de tempo no qual você consegue ficar fixado no mesmo tempo sem “cansar” e começar a não mais reter o que está vendo, ouvindo ou lendo.
Então, permanece a estratégia de dividir o tempo de estudo com pequenos intervalos para dar um novo “start” no cérebro e aumentar a capacidade de armazenamento. É bom lembrar, no entanto, que cada “fatia” deve ser antecipadamente programada, com objetivo e método definido para não perder tempo.

7. A lista: uma estratégia de muitas aplicações

Quando você acaba de estudar um ponto do seu programa é sempre bom fazer uma revisão do que aprendeu. Uma excelente estratégia é fazer uma lista de tudo que você memorizou, depois comparar com que realmente continha o ponto estudado.
Assim, você poderá facilmente detectar onde estão seus pontos mais fortes e os não tão fortes dentro daquele assunto. Listas são bem mais fáceis de serem assimiladas. Use tópicos, coloque em ordem alfabética ou crie seu próprio padrão para fixar.
Por exemplo, ao aprender uma lista de códigos, atribua um símbolo para cada um, ou para cada grupo que seja fácil de levar a toda ordem da lista. Se este for o caso, escolha símbolos que lhes sejam familiares de alguma maneira.
Esta estratégia é conhecida como efeito de posição serial. “Serial” significa simplesmente algo em uma série. Os elementos iniciais e os elementos.


Coloque em prática essas dicas e bom estudo!




Fonte: https://canaldoensino.com.br/blog/neaf-oferece-aulas-online-gratuitas-para-concursos-publicos

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Por uma defesa da políticas de ações afirmativas





O momento pelo qual passa a educação brasileira é um reflexo do que ocorre em outras partes do mundo. Se no velho mundo os imigrantes e seus descendentes disputam vagas tanto das escolas como dos bancos das universidades, em terras tupiniquins não poderia ser diferente. Na contemporaneidade os excluídos de outrora exigem seus direitos.
Apesar da influência dos ideais de cidadania, amplamente analisados desde Thomas Marshall, o nacionalismo e a xenofobia dos países europeus opera de modo a rejeitar que os filhos de imigrantes possuam os mesmos direitos. No Brasil, a desigualdade no acesso a educação ocorre com os próprios brasileiros. Ou seja, aos indivíduos situados nos estratos mais baixos existem barreiras expressivas.
Conquistar uma vaga em um curso superior, em uma universidade pública é, antes de tudo, uma acirrada disputa. Assim, aos que foram iniciados na educação formal com tempo para se dedicar aos estudos e, obviamente, com ajuda de familiares, possuirá uma vantagem considerável em virtude das condições mais favoráveis. E esse fato social, a posição privilegiada na estrutura social, é obscurecida diante do discurso da meritocracia. 

As cotas raciais são a reserva de vagas em instituições públicas ou privadas para grupos específicos classificados por etnia, na maioria das vezes, negros e indígenas

A ideologia da meritocracia torna imperceptível as diferenças familiares, de classe social, de capital cultural e econômico – como demonstrou Pierre Bourdieu em seu livro ‘os herdeiros’. Se as pessoas iniciam a disputa de vagas a partir de posições divergentes – por vezes antagônicas, o resultado da disputa não depende única e exclusivamente do mérito individual.
A universidade pública, como um bem coletivo, opera com recursos de todos os cidadãos de um determinado território. Nesse sentido, as várias categorias sociais devem ter direitos de acesso a essa instituição. Negá-lo será sempre uma injustiça grave.



Com base nas análises anteriores se faz necessário a atuação de políticas públicas de modo a corrigir essa distorção. Assim, a política de ações afirmativas, como as cotas, atuam como contrabarreiras. É uma estratégia que objetiva romper com os privilégios – reservando vagas para as minorias sociais.
Negros, indígenas e estudantes pobres foram severamente alijados do processo de educação superior. Se faz necessária tais correções para que o Brasil não apenas reconheça a diversidade e a pluralidade mas, se esforce contra a discriminação.