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segunda-feira, 20 de março de 2017

Importante vídeo sobre a cultura indígena : Os indígenas - Raízes do Brasil [vídeo animação]


Um vídeo de animação que trata dos povos indígenas desde a chegada dos portugueses em solo sul-americano. Apresenta, de modo didático, algumas informações preliminares para que possamos melhor compreender quem são esses povos e o que os diferenciam da sociedade não índia. Apresenta a diferença de suas diversas etnias, ritos, idiomas e crenças. Para que possamos ter um olhar mais ético e com alteridade que as culturas nativas merece.

Para saber mais acessem:
http://rizomaestudio.com.br/

Esta obra foi realizada com o patrocínio do Município e Fundação Cultural de Joinville por meio do Sistema Municipal de Desenvolvimento pela Cultura.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

19 de Abril - Dia do índio








No dia 19 de abril se comemora o dia do índio.




Por que nesta data ?



Foi promulgada no governo de Getulio Vargas em 1943. Através do decreto lei nº 5.540 foi criada esta data comemorativa.

Em 1940 aconteceu o primeiro congresso Indigenista Interamericano, com participação de diversas autoridades do continente americano e ligadas ao movimento indígena e estudo de povos tradicionais. 
O congresso foi realizado no México e as lideranças indígenas ficaram com receio em participar - pois estavam sendo vítimas de descaso governamental, discriminação e desterritorialização. 

Após diversas reuniões os indígenas participaram. Contudo, os líderes indígenas compareceram ao evento apenas no dia 19 de Abril - por isso a data comemorativa.


Qual a importância da data!?


Neste dia do ano ocorrem vários eventos dedicados à valorização da cultura indígena. Nas escolas, os alunos costumam fazer pesquisas sobre a cultura indígena, os museus fazem exposições e os municípios organizam festas comemorativas. Deve ser também um dia de reflexão sobre a importância da preservação dos povos indígenas, da manutenção de suas terras e respeito às suas manifestações culturais.

Devemos lembrar também, que os índios já habitavam nosso país quando os portugueses aqui chegaram em 1500. Desde esta data, o que vimos foi o desrespeito e a diminuição das populações indígenas. Este processo ainda ocorre, pois com a mineração e a exploração dos recursos naturais, muitos povos indígenas estão perdendo suas terras.


Antes de mais nada!


Nova maneira de pensar sobre os 'índios'.

Todos temos uma importância para que não sejamos desonestos com as diversas culturas que existem no país. Os povos indígenas possuem maneiras de ser, trabalhar, costumes, regras de parentesco, alianças, sistemas de crenças, culinária e todo o conjunto de significados que formam uma rica cultura. Não obstante, são várias etnias, que são "apagadas" na sua rica heterogeneidade através de uma mídia burra e discriminatória. O status quo diz que índio é coisa do passado. Dizem que eles tornaram-se aculturados. Para não repetirmos as bobagens de pessoas ignorantes no assunto leia abaixo.




Regras para refletir e entender os povos indígenas


  1. Não são um povo homogêneo. São na verdade diversas etnias, cada qual com suas particularidades.
  2. São diversas linguas. No Brasil são cerca de 180 povos com mais de 200 línguas. É claro que muitas são faladas pelos nativos mais antigos; os anciãos, os mais velhos de cada etnia. Não se pode falar que só o português é falado no país. 
  3. A cultura é um processo histórico e dinâmico. Não se pode falar que os povos indígenas perderam suas práticas tradicionais e por isso não são mais índios! Nada mais falso.
  4. Etnocentrismo é achar que sua cultura é melhor do que as outras. É colocar-se no centro e ter sua etnia, seu povo como base para comparações. Antes de falar do povo alheio, leia mais sobre antropologia e aprenda a eliminar conclusões precipitadas e falsas verdades.
  5. Eles chegaram primeiro. O Brasil não foi descoberto. Foi colonizado por países imperialistas, cujo único propósito era a dominação. Eram cerca de 6 milhões de índigenas em 1500, no século XV. Em 500 anos o país, através do genocídio, dizimou a população. Hoje alguns números apontam 500 mil indígenas. Mataram mais de 1 milhão de índios por século no Brasil.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Um pouco de Antropologia III - Desconstruindo falsas impressões

 Desconstruindo falsas impressões e "pseudo verdades".

O papel da Filosofia e da Sociologia demonstra sempre uma luta contra ideologias e verdades absolutas. Uma das questões fundamentais parece ser a de uma posição crítica sobre o senso comum. Para que possamos avançar em algumas questões é preciso antes, obtermos uma base de significados. Perceber a construção daquilo que falamos e entendemos. 

No estudo da diversidade, no tema dos Direitos Humanos, precisamos nos apoiar nos trabalhos de reflexão da Filosofia e Sociologia que tanto têm para compartilhar. Só assim entenderemos as diferenças nos processos de socialização, cultura, povos e a desconstrução de ideias pré concebidas sem uma investigação racional e sem o devido rigor metodológico.

Para os alunos dos 2º e 3º Anos da Ensino Médio é fundamental descontruir e ressignificar alguns conceitos importantes em Antropologia, Filosofia e Sociologia.

Abaixo temos os conceitos e os significados quando foram criados e agora no contexto contemporâneo.



Abc da diversidade from Miro Santos



É importante que possamos fazer uma reflexão sobre vários aspectos de alguns desses conceitos. Em sala de aula os alunos investigarão e realizarão os debates para uma melhor compreensão dos conteúdos e contextualização em seu cotidiano. 

sábado, 23 de março de 2013

Violência da PM na Aldeia Indígena Maracanã




É revoltante perceber o que acontece com as minorias no Brasil. Não bastasse o preconceito, a discriminação contra sua cultura, os índigenas brasileiros perdem toda e qualquer chance de viver dignamente.

Aconteceu no Rio de Janeiro, uma desapropriação do território indígena de forma violenta pelo Estado. A coerção do Estado agindo na sua forma mais comum, a força policial contra uma comunidade indígena.

Bota preta, cacetete, spray e tiros contra uma população indígena. Que vergonha Brasil.


Não merecemos ser sede de uma competição como a Copa do Mundo nesse termos e nessas condições de violação da dignidade humana.



quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Índios Kaiowá Guarani à beira do suicídio devido à flagrante injustiça social





Índios Kaiowá Guarani à beira do suicídio devido à flagrante injustiça social


Nas últimas semanas, além do futebol de sempre, dois assuntos ocuparam as manchetes: o julgamento do chamado
"mensalão" e, em São Paulo, o programa de combate a homofobia. Quase nenhuma importância se deu a uma espécie
de testamento de uma tribo indígena. Tribo com 43 mil sobreviventes.

A justiça federal decretou a expulsão de 170 índios na terra em que vivem atualmente. Isso no município de Iguatemi,
no Mato Grosso do Sul, à margem do Rio Hovy. Isso diante de silêncio quase absoluto da chamada Grande Mídia.
(Eliane Brum trata do assunto no site da revista Época). Há duas semanas, numa dramática carta-testamento, os
Kaiowá-Guarani informaram: 

- Não temos e nem teremos perspectiva de vida digna e justa tanto aqui, na margem do rio, quanto longe daqui.
Concluímos que vamos morrer todos. Estamos sem assistência, isolados, cercados de pistoleiros, e resistimos
até hoje. Comemos uma vez por dia. 

Em sua carta testamento os Kaiowá/Guarani rogam: 

- Pedimos ao Governo e à Justiça Federal para não decretar a ordem de despejo/expulsão, mas decretar nossa
morte coletiva e enterrar nós todos aqui. Pedimos para decretar nossa extinção/dizimação total, além de
enviar vários tratores para cavar um grande buraco para jogar e enterrar nossos corpos. Este é o nosso pedido
aos juízes federais. 

Diante dessa história dantesca, a vice-procuradora Geral da República, Déborah Duprat, disse: 
"A reserva de Dourados é talvez a maior tragédia conhecida da questão indígena em todo o mundo". 

Em setembro de 1999 estive por uma semana na reserva Kaiowá/Guarani, em Dourados. Estive porque ali já acontecia a
tragédia. Tragédia diante do silêncio quase absoluto. Tragédia que se ampliou, assim como o silêncio. 
Entre 1986 e setembro de 1999, 308 índios haviam se suicidado. Índios com idade variando dos 12 aos 24 anos. 

Suicídios quase sempre por enforcamento, ou veneno. Suicídios por viverem confinados em reservas cada vez menores,
cercados por pistoleiros ou fazendeiros que agiam, e agem, como se pistoleiros fossem. Suicídio porque 
viver como mendigo ou prostituta é quase o caminho único para quem deixa as reservas. 

Italianos e um brasileiro fizeram um filme denúncia sobre a tragédia. No Brasil, silêncio quase absoluto: Porque Dourados,
Mato Grosso, índios... isso está muito longe. Isso não dá Ibope, não dá manchete. Segundo o Conselho Indigenista Missionário,
o índice de assassinatos na Reserva de Dourados é de 145 habitantes para cada 100 mil. 
No Iraque, esse índice é de 93 pessoas em cada 100 mil. 

Desde 1999, quando estive em Dourados com o fotógrafo Luciano Andrade, outros 555 jovens Kaiowá/Guarani se suicidaram
no Mato Grosso do Sul. Sob aterrador e quase absoluto silêncio. Silêncio dos governos e da Mídia. 
Um silêncio cúmplice dessa tragédia.



Agradeço a postagem:  Juliete Aquino, Cientista Social; Aline Gonçalves, Secretaria de Educação.