Fonte:Image by jason sackey from Pixabay
Em meio a tantas notícias ruins surge uma boa notícia: Os negros e pardos são maioria nas universidades. É claro que são maioria em um tipo delas - as universidades públicas. No entanto é um resultado de esforço do Movimento Negro e da sociedade civil.
"Nós vamos ter uma classe média negra com diploma... vão ser poucos mais vão ser significativos (...) e vai fazer diferença! O que pode ocorrer? O esquecimento de que os negros são minoria e pode começar a aparecer gente negra que simplesmente se esqueça das lutas dos negros - isso ocorreu nos EUA!"
Paulo Ghiraldelli, 13 nov. 2019 em seu canal no youtube
Uma possível mudança de direção, mais à direita, atacando movimentos sociais, esquecendo do racismo, esquecendo da intolerância e da diferença de classe social é um perigo iminente no Brasil. Mesmo com pessoas negras ocupando cada vez mais cargos e migrando para a classe média - a desigualdade no Brasil é extrema. Tanto desigualdade de classe e, por tabela, o de raça/etnia. Esse recorte não é coincidência, pois é resultado de racismo e do grande mal que assola (ainda) o país - a escravidão.
Quando negros foram libertos (formalmente) ocorreu uma exclusão profunda. Retiraram os homens e mulheres negras escravizadas [é bom que se diga que não são escravos, são antes de tudo pessoas, isso mesmo, pessoas que foram escravizadas!] das fazendas e os deixaram ao léu.
Há relatos históricos que informam que vários foram deixados nas ruas, na periferia das cidades, sem trabalho, sem casa, sem políticas públicas que oferecessem condições básicas de inserção social dessas pessoas. Então, sem roupas, sem casa, sem base - o que se configura é uma anomia social durkheimiana. E quando muitos tentavam empregos - a sociedade conservadora branca racista dizia que eles não sabia trabalhar livremente.
O país só vai para frente quando conseguirmos superar o mal maior que figura na história do Brasil: a escravidão. Ainda hoje, o espectro desse mal, nos impacta negativamente - com um racismo que esconde as mazelas e a dominação. Mais dia de consciência negra, mais negros (críticos), mais intelectuais que trazem luz ao debate e menos discriminação e ódio!
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