O Intervozes Coletivo Brasil de Comunicação Social produziu um estudo, o terceiro da sério Vozes Silenciadas, com o objetivo de debruçar-se sobre a cobertura e o enquadramento de um tema na mídia. No caso, o tema atual foi evidenciar as posições sobre a reforma da Previdência. Quais foram os posicionamentos dos espcialistas apresentados pela grande mídia nacional? Quais vozes foram ouvidas e quais foram silenciadas?
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As coberturas evidenciadas pelo estudo trilharam dois caminhos: a cobertura da mídia impresa [Folha de São Paulo, O Globo e o Estadão]; a cobertura televisiva [Jornal Nacional, da emissora Globo, Jornal da Record, da Record, e o SBT Brasil, do SBT].
O estudo indica, sobre a cobertura televisiva do Jornal Nacional que:
Fonte: Vozes Silenciadas: Reforma da Previdência e Mídia.
Disponível em: <https://app.rios.org.br/index.php/s/PEH6sg6cpbDgGqY> Acesso em out. 2019.
Ou seja, a mobilização dos especialistas foi tendenciosa. Não houve debate em torno das divergências sobre o tema nas matérias. Os especialistas Fabio Klein e Claudio Humberto dos Santos se posicionaram a favor à reforma da previdência.
O estudo indica, sobre a cobertura televisiva do Jornal da Record que:
Fonte: Vozes Silenciadas: Reforma da Previdência e Mídia.
Disponível em: <https://app.rios.org.br/index.php/s/PEH6sg6cpbDgGqY> Acesso em out. 2019.
Ou seja, não houve abertura para que especialistas no tema debatessem a questão com profundidade. Ocorre apenas menção sobre a expectativa positiva do mercado. O Jornal mais parece um porta voz do governo.
O estudo indica, sobre a cobertura televisiva do SBT Brasil que:
No caso do SBT, a emissora por meio do seu telejornal, apresentou mais especialistas para a cobertura do tema. Um deles apresentou um posicionamento contrário ao projeto da reforma - referente a extinção do recolhimento do FGTS para aposentados que continuavam trabalhando e o fim da multa de 40% sobre o fundo em caso de demissão destes trabalhadores.
Fonte: Vozes Silenciadas: Reforma da Previdência e Mídia.
Disponível em: <https://app.rios.org.br/index.php/s/PEH6sg6cpbDgGqY> Acesso em out. 2019.
Sobre a divisão de gênero dos especialistas a participação feminina representou pouco mais de 11%. O mesmo aconteceu na cobertura dos jornais impressos - cuja participação das especialistas ficou nos 12%.
Fonte: Vozes Silenciadas: Reforma da Previdência e Mídia.
Disponível em: <https://app.rios.org.br/index.php/s/PEH6sg6cpbDgGqY> Acesso em out. 2019.
O estudo finaliza com considerações resumindo que:
[...] identificou-se, a partir da anális das matérias, a grande prevalência de especialistas que se posicionaram "favoravelmente" ou "parcialmente favorável", construindo o efeito discursivo doe "consenso" entre aqueles que são apresentados como detentores de um conhecimento específico e qualificado sobre o tema."
Fonte: Vozes Silenciadas: Reforma da Previdência e Mídia. p. 49.
Disponível em: <https://app.rios.org.br/index.php/s/PEH6sg6cpbDgGqY> Acesso em out. 2019.
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