Para além de todas as incongruências, confusões, ataques gratuitos a outros chefes de Estado, o discurso enche os brasileiros pensantes de vergonha. O atual presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, cria falsas análises, ou seja, mente descaradamente. Ataca a soberania de outros países, defende uma direita fascista e surge como um porta voz do agronegócio - contra o meio ambiente e povos da floresta.
Se a Dilma errou muito, o Temer golpista atacou as políticas públicas para o povo brasileiro, o Bolsonaro coloca o Brasil em um patamar muitíssimo perigoso: estimula o descaso com o meio ambiente, faz mal a soberania do país, desdenha da democracia, finca uma trincheira contra a ciência e a educação.
O Brasil se esconde, se apequena, se envergonha diante de outros chefes de Estado na ONU.
"Apresento aos senhores um novo Brasil, que ressurge depois de estar à beira do socialismo."
Esse trecho mostra uma idiotice tamanha diante da ONU. Primeiramente, não é verdade, nem de longe, que o Brasil esteve perto do Socialismo. O neoliberalismo nada de braçada no país - há vários anos. O homem que discursa representando o Brasil é um mentiroso brasileiro - e internacional.
Fonte: https://oglobo.globo.com/podcast/ao-ponto-que-tv-nao-mostrou-no-discurso-de-bolsonaro-na-onu-23971070
"Em 2013, um acordo entre o Governo petista e a ditadura cubana trouxe ao Brasil 10.000 médicos sem nenhuma comprovação profissional."
Esse trecho da fala do Bolsonaro mistura uma política pública como se fosse algo errado, ou mais ainda, como se fosse um tipo de desvio legal. Outra falácia é o ataque gratuito a profissionais de outro país. Cuba tem uma das melhores escolas de medicina do mundo.
Um governo não se faz com conversa fiada, com falácias e com discursos - mas com ações e programas efetivos. Do orçamento para a questão da segurança pública, o Bolsonaro destinou apenas 6% para a pasta. Na economia, nada anda bem, estamos em recessão. O desemprego continua em alta. Os direitos humanos foram retalhados, não há programas para a resolução de problemas no campo, nem ao menos ações para a questão dos povos indígenas. No que diz respeito a educação pública há o desmonte. A educação perdeu investimentos importantes. Universidades estão com cortes que implicam em enormes retrocessos.
Em uma pesquisa recente, do pesquisador Reginaldo Prandi, mostra que os maiores entusiastas fanáticos e adeptos ao presidente Jair Bolsonaro são 12% da população. São uma minoria de uma extrema direita conservadora - chamada de heavy [núcleo duro]. O grupo se destaca por garantir uma base social concreta. Em linhas gerais, esse núcleo duro de apoiadores são, em sua maioria, homens brancos, de idade madura, escolarizados e de classe social média e alta.