Alguns pontos importantes na entrevista:
- Há um mito de que o brasileiro é liberal sexualmente. Ainda há uma herança de moralidade cristã que levaram ao não esclarecimento da sexualidade. Muitas vezes o tema era visto a partir da dimensão biológica, com ênfase na prevenção de doenças, ou por outro lado, como coisa pecaminosa - maus costumes.
- Nos dias atuais, setores conservadores temem que a educação sexual incite a diversidade sexual. Não tocar no assunto é a manutenção da simplicidade moralista de outra época.
- Muito se fala de que a educação sexual se trata em casa, e não na escola. "As vezes, para os pais, sexualidade é uma coisa muito simples: basta a relação entre duas pessoas e, pronto, gera uma nova criança e está tudo resolvido. Não é." Carmo afirma ainda que " há uma diversidade e uma complexidade muito grande que a gente não imagina. Colocar a família como a resolução de problemas sexuais não é a solução. Para crianças que são abusadas no lar, o único meio é procurar a escola ...".
- O Brasil está dando passos para atrás na questão de gênero. Mas os políticos usam factóides para falar com o eleitor fiel conservador. Esse movimento não será imutável.
Nenhum comentário:
Postar um comentário