Agora, após passado a efervescência
da campanha eleitoral [com muita fake News e ódio] é possível fazer uma análise
da direção que o país pode tomar – a partir da conduta do líder do executivo.
Todavia, no que depender do presidente a direção pode não ser as melhores. É
fácil perceber que Jair Bolsonaro não possui carisma, liderança, oratória. Tais
qualidades podem não significar nada para o cidadão comum. Não obstante, o
cargo de chefe de Estado implica em saber certas coisas, ter uma conduta
apropriada e, acima de tudo, saber os rumos que o país deve tomar.
Segue uma análise breve, do
discurso do Bolsonaro no Fórum Econômico Mundial em Davos:
Bolsonaro em Davos
1. Um primeiro ponto que chama atenção é a dificuldade de
falar. O homem parece uma criança pronunciando pausadamente as palavras que lê.
2. A maneira subjetiva com que tece seu discurso. Nada diz
concreto – são palavras soltas ao vento.
3. Apresenta-se como alguém muito importante ao dizer que é
a primeira viagem internacional e, que ganhou a eleição no Brasil contra
correntes atrasadas e etc [bla bla bla].
Neste ponto é importante frisar,
que a comunidade internacional não tem nada que ver com os problemas internos
do país. Ele [Bolsonaro] de fato deveria ser sucinto e mostrar as estratégias
que o país deve tomar... e além do mais, todos que vencem uma eleição dizem ter
sofrido muito e exageram. Ninguém da conferência quer ouvir isso.
4. “Assumi o Brasil, numa profunda crise econômica, moral e
ética...” diz o presidente. Tal passagem
mostra que a subjetividade esconde qualquer coisa. Ou seja, a equipe do governo
atual pode fazer qualquer prática e dizer que agora essa é a verdadeira moral,
a verdadeira economia.
5. “Conheça nossa Amazônia, nossas praias, nosso
Pantanal...” Nesse trecho Bolsonaro não parece alguém que fala por uma nação,
um país soberano. Essa fala se aproxima de uma propaganda barata, ou no mínimo,
um agente de turismo clamando por visitas ao país.
6. A fala do presidente exagera na confiança de que a equipe
econômica, bem como a equipe de relações
internacionais, tenha as atividades sem “viés ideológico”. Bolsonaro nesse
momento envergonha a todos, pois, a economia política é realizada a partir de
orientações e articulações com vários poderes. Sempre é político, não há
isenção do fazer “político” nas relações de um Estado-nação com outros.
7. No que diz respeito a corrupção, o discurso foi fraco,
falando que a corrupção será combatida. Tudo de maneira subjetiva, sem planos,
sem pautas, sem mencionar dados...
8. O discurso fala que o meio ambiente será preservado. Ele
deixa na pasta da Agricultura, o elo econômico que mais aumenta a fronteira
agrícola com a Amazônia. E ele coloca na mão de pessoas que foram processadas
por crimes ambientais.
9. Sobre o Mercosul, será desfeito, afundado na lama...
10. Por fim, nas perguntas, ele responde que não quer que a
América Latina se torne bolivariana.
“Vamos fazer a
reforma tributária.”
“A esquerda não
prevalecerá nessa região.”
Com certeza é um
dos piores presidentes que o Brasil teve e terá em décadas! O cara está
totalmente perdido. Tomara que não faça o país se perder também.
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