segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Publicidade infantil com conotação sexual

"Não basta ter um sem noção pra criar uma propaganda deste naipe; é preciso ter um outro sem noção pra aprovar. Em um país com graves índices de violência sexual contra crianças, uma propaganda como esta é simplesmente nojenta!"

Comentário feito por Túlio Vianna, advogado da LiHS.

O Jornal Extra, da Globo, deu como notícia uma garota de 13 anos, filha de uma celebridade, que teria um "corpão".

A notícia, aparentemente, foi apagada. O link era: http://extra.globo.com/famosos/filha-de-flavia-alessandra-exibe-corpao-em-dia-de-sol-na-piscina-10348657.html


A cidadania passa longe da publicidade brasileira. Sabemos o quanto a mídia influencia e manipula o desejo das pessoas. O consumo cria além de mercadorias a pessoa que consome: O CONSUMIDOR. Não obstante, há ainda um sem números de erros que a publicidade reproduz a todo momento.
O uso irresponsável das mídias para realizar uma propaganda não pode ser tolerável. A erotização infantil está altíssima - não precisamos mais! O publicitário está exercendo um desserviço a população, pensando apenas no lucro e no "sucesso" das vendas.


É lógico que as meninas utilizam os acessórios e sapatos das mães para brincar. Contudo, o publicitário poderia mostrar a brincadeira sem maquiagem excessiva com modo mais infantil. Não é necessário uma foto com conotação sexual e nem de pernas abertas. Isso é uma manifestação de vários erros que precisamos corrigir. Uma forma é a regulação da mídia. 

Sem mencionar que a conotação sexual por si só é um insulto a imagem da mulher. As pessoas envolvidas nesse tipo de publicidade desconsideram o papel da mulher na sociedade contemporânea e realizam um conservadorismo que lembra o machismo de outrora! Basta!

Regulação, regulamentação não é o mesmo que censura -  como os meios de comunicação privados insistem em repetir. Todos os países desenvolvidos possuem canais de regulação da sociedade civil. os publicitários estão defendendo a quem? Uma sociedade justa? É claro que não!



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