sábado, 2 de março de 2013

Estuprar no Brasil não dá "punição"

É isso mesmo, as mulheres no Brasil são tratadas como coisa - como objeto de estimação. Jovens de uma banda na Bahia, violentaram duas adolescentes e estão livres para fazerem shows.


A questão de gênero está longe de ser resolvida por aqui! Se as pessoas respeitassem os direitos humanos, a equidade de direitos e a dignidade humana não haveria mais atos assim.

Pela lentidão da justiça " estruprar por aqui não dá punição" [fato].


Veja o relato abaixo sobre a audiência que já está adiada para Setembro de 2013.


Esta semana que passou, como muitos de vocês sabem, começou o julgamento dos integrantes da banda New Hit.
No dia 26 de agosto de 2012, na cidade de Ruy Barbosa, na Bahia, duas adolescentes foram estupradas por nove homens integrantes da New Hit, dentro do ônibus do grupo. As meninas se dirigiram ao veículo para pedir autógrafos e parabenizar um dos integrantes, que fazia aniversário. Lá, foram violentadas de forma brutal, com a conivência e também violência de um policial militar.
Entre os dias 18 e 20 de fevereiro, também em Ruy Barbosa, aconteceu a primeira audiência de instrução. É o momento em que a juíza ouve vítimas, testemunhas, defesa e acusação. Como não foi crime contra a vida, os estupradores não vão a Júri Popular, são julgados pela própria juíza a partir dos materiais colhidos na audiência de instrução.
O julgamento começou, mas está longe de ser concluído. Foi adiado para setembro. E, por mais vergonhoso que possa parecer, a banda continuará fazendo shows pelo nordeste. Sim, eles estão faturando alto em cima da fama que conseguiram. A repercussão foi ótima pra eles. O estupro compensa -- é a mensagem que está sendo passada pela lerdeza da Justiça e o habeas corpus para que respondam em liberdade. Por isso é fundamental que haja protestos e boicotes aos patrocinadores em cada cidade que a banda for se apresentar. Todo o nosso apoio nas redes sociais é essencial.
Houve muitos protestos em frente ao fórum esta semana. Pedi a essas feministas, essas minhas heroínas incansáveis, que escrevessem um guest post contando como foi estar lá, lutando contra os estupradores, dando força pras vítimas. Maíra Guedes, 26 anos, professora e integrante da Marcha Mundial das Mulheres, na Bahia, atendeu o meu pedido.




Fonte: www.midiaindependente.org  e  no blog Escreva, Lola, Escreva

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