Por Nayhara Almeida de Sousa, do GERAA - Grupo de Estudos sobre Raça e Ações Afirmativas da UFMS. Para saber mais acesse: http://geraaufms.blogspot.com.br.
Atualmente
foram divulgados dados alarmantes sobre o extermínio da juventude negra
como resultado de uma criminalização da pobreza brasileira mascarada
por uma fracassada guerra às drogas. A criminalização da pobreza
funciona como uma espécie de controle militar e social exercido pela
polícia. A Pobreza brasileira tem cor e é marcada pela falta de
assistência do Estado e de políticas públicas de qualidade. Deste modo o
Estado só aparece nas regiões com altos índices de violência em sua
forma militar, a truculenta polícia militar brasileira.
As notícias divulgadas pela imprensa de São Paulo, só vem afirmar o
caráter racista da PM em considerar quem é o suspeito para cometer atos
criminosos na região. No mês de dezembro após um assalto no bairro Taquaral, um dos mais nobres de Campinas a PM dá ordem para abordar negros e pardos. Em documento
assinado pelo capitão Ubiratan de Carvalho Góes Beneducci, através de
solicitação dos moradores do bairro, os policiais são orientados "a agir
com rigor, caso se depare com jovens de 18 a 25 anos, que estejam em
grupos de três a cinco pessoas e tenham a pele escura." Alguém ainda tem
dúvida do racismo praticado pela polícia e sua relação direta com
o extermínio da juventude negra?
Fonte: http://www.geledes.org.br/areas-de-atuacao/questao-racial/violencia-racial/17038-campinas-apos-assalto-em-bairro-luxuoso-pm-da-ordem-para-abordar-negros-e-pardos
Imagem: Mães de Maio
Imagem: Mães de Maio
Nenhum comentário:
Postar um comentário