quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Retrato do Artista Quando Coisa

Borboletas
Já trocam as árvores por mim
Insetos me desempenham
Já posso amar as moscas
Como a mim mesmo
Os silêncios me praticam

De tarde
Um dom de latas velhas
Se atraca em meu olho
Mas eu tenho o predominio
Por lírios

Plantas desejam a minha boca
Pra crescer por cima
Sou livre
Para o desfrute das aves
Dou meiguice aos urubús
sapos desejam ser-me
Quero cristianizar as águas
Já enxergo o cheiro do sol



AVALIAÇÃO FILOSOFIA - 3


AVALIAÇÃO FILOSOFIA - 2


AVALIAÇÃO FILOSOFIA - 1


AVALIAÇÃO 6 - SOCIOLOGIA


AVALIAÇÃO 4 - SOCIOLOGIA


quinta-feira, 24 de agosto de 2017

50 Pensadores Que Formaram O Mundo Moderno – Stephen Trombley

SINOPSE Este livro esboça a história das ideias humanas, dos filósofos da Antiguidade Clássica ao século XVIII europeu, passando pelos escolásticos cristãos da Idade Média e o desenvolvimento do pensamento renascentista, culminando na filosofia de Descartes. O desenvolvimento do pensamento moderno é então traçado por meio de uma sequência de perfis acessíveis dos pensadores mais influentes em todos os domínios da atividade intelectual desde 1789. Estão entre eles os alemães Kant, Fichte, Schelling e Hegel; os utilitaristas Bentham e Mill; os transcendentalistas Emerson e Thoreau; Kierkegaard e os existencialistas; fundadores de novos campos de pesquisa como Weber, Durkheim e C.S. Peirce; os filósofos analíticos Russell, Moore, Whiteheade Wittgenstein; líderes políticos de Mohandas K. Gandhi a Adolf Hitler; teóricos do século XX, de Barthes e Foucault a Lacan e Chomsky; e, finalmente, os quatro formadores chave do nosso mundo moderno: o filósofo, historiador e teórico político Karl Marx; o naturalista Charles Darwin, que propôs a teoria da evolução; Sigmund Freud, pai da psicanálise; e o físico teórico Albert Einstein, criador das teorias especial e geral da relatividade e fundador da física pós-newtoniana.


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As Memórias de Sherlock Holmes – Sherlock Holmes – Arthur Conan Doyle


SINOPSE Com texto integral e 40 ilustrações originais, ‘As memórias de Sherlock Holmes’ reúne novas façanhas do mestre de Baker Street, o detetive mais amado de toda a literatura policial – incluindo seu embate decisivo com o arquirrival professor Moriarty. Entre as 12 histórias do livro estão ‘A caixa de papelão’, ‘O ritual Musgrave’ e ‘O problema final’.



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Sobre História – Eric Hobsbawm


SINOPSE Nesta coleção de ensaios, muitos ainda inéditos, Eric Hobsbawm reflete sobre prática e teoria da disciplina que fez sua justa fama como um dos maiores historiadores contemporâneos. Em suas reflexões sobre o papel do historiador, Hobsbawm analisa problemas da ordem do dia, como a identificação das identidades nacionais na Europa e o uso ideológico do discurso histórico naquele contexto; um balanço dos 150 anos do Manifesto Comunista; as relações entre história e economia; o significado da redução da narrativa histórica a mera variante da narrativa; as modas e vertentes da historiografia contemporânea; a noção de progresso no conhecimento histórico. 
 
 
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Dossiê Movimentos Sociais - A repressão aos defensores de direitos humanos e movimentos sociais no Brasil


Indústria Cultural - Breve Reflexões



terça-feira, 15 de agosto de 2017

No Caminho, com Maiakóviski




Eduardo Alves da Costa é um poeta e dramaturgo carioca e está vivo. Vladimir Maiakovski foi um poeta russo, panfletário, que morreu em 1930. Um mal entendido liga estes dois seres humanos há quase 40 anos. Eduardo escreveu um poema, na década de 60, que se transformou em um hino na luta contra a ditadura militar, no Brasil. Chama-se “No Caminho, com Maiakóviski”. Eis o trecho mais conhecido:
(…)
Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada. (…)

domingo, 6 de agosto de 2017

LEITURAS - O Que é Ideologia – Marilena Chaui


SINOPSE Ideologia: um mascaramento da realidade social que permite a legitimação da exploração e da dominação. Por intermédio dela, tomamos o falso por verdadeiro, o injusto por justo. Como ocorre essa ilusão, essa fabricação de uma história imaginária? Qual sua origem? Quais seus mecanismos, seus fins e efeitos sociais, econômicos e políticos?


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Temer como um Trator!


Trator Temer/Ique tractor
Michel Temer está passando como um trator por cima de direitos e do meio ambiente para salvar o seu mandato e evitar ver o sol nascer quadrado. Com isso, está promovendo uma verdadeira liquidação de áreas preservadas de florestas. Na tentativa de angariar votos no Congresso para escapar de ser investigado pelo STF por corrupção, o presidente está fazendo todas as vontades da numerosa bancada ruralista: nos últimos dias, aprovou uma lei (MP 759) anistiando a grilagem, principal motor do desmatamento na Amazônia, e assinou um parecer sobre Terras Indígenas que pode afetar centenas de processos de demarcação, além de aumentar a violência no campo.
Nas próximas semanas, estão na bica do Congresso o desmonte do licenciamento ambiental, que poderá produzir mais tragédias como a de Mariana, e a venda de terras para estrangeiros.
Para ganhar alguns meses de poder (e, quiçá, de liberdade), o presidente mais impopular da história empurra a toda a sociedade uma conta salgada, cujas prestações vão ser pagas durante muitos anos. Vai sobrar pra você. Por isso, o cartunista Ique criou esta charge para expressar sua indignação, que deve ser compartilhada por cada um de nós.


Fonte: http://umagotanooceano.org/?bibliografia=trator-temer

Somos todos quilombolas!

Nenhum quilombo a menos, Quilombolas
O governo avança vorazmente sobre os nossos direitos, sem distinção: sejam trabalhadores da cidade ou do campo, sejam os povos tradicionais, estamos todos sendo prejudicados. E os ataques vêm do Executivo, do Legislativo e do Judiciário. Por isso, é importante que estejamos unidos. O Dia do Juízo Final das comunidades quilombolas pode ser 16 de agosto. A causa deles deve ser nossa também. Quilombolas são brasileiros como nós. Somos todos quilombolas! Assine a nossa petição!
Assista ao vídeo da campanha, estrelado pelos atores Ícaro Silva e Letícia Colin.
E leia abaixo o artigo de Denildo Rodrigues de Moraes, o Biko, coordenador nacional da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq), publicado originalmente no jornal O Globo
Ainda há quem nos meça em arrobas
Nasci em um território quilombola no Estado de São Paulo. O Quilombo Ivaporunduva é de 1630: sua história se confunde com a do Brasil. Ele está encravado no Vale do Ribeira, o último remanescente de área contínua de Mata Atlântica no Brasil. E se está preservado, isso em muito se deve à nossa presença, pois a cultura quilombola preza o uso racional dos recursos naturais.
Nossos antepassados vieram para cá contra a vontade. Mas, em algum momento, começaram a reconhecer como sendo sua terra o lugar onde viviam em liberdade. E a amá-la. O quilombo refazia vidas, porque essa liberdade não lhes era dada, mas conquistada. Ao longo dos anos, nós, descendentes de Zumbi, Ganga Zumba, Acotirene, Tereza de Benguela e Dandara, lutamos para assegurar o direito às terras que eles fizeram por merecer. Dependemos delas para sobreviver física e culturalmente. Em 1995, criamos a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq). Mas até o direito de lutar querem nos tomar. Porque em pleno século XXI ainda há quem nos meça em arrobas.
Minha terra e a minha identidade estão seriamente ameaçadas pela Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no 3239/2004, que questiona o direito de propriedade das comunidades quilombolas, bem como o seu acesso a políticas públicas, garantidos pelo Decreto no 4.887 de 20 de novembro de 2003. Hoje, a Conaq representa mais de 3.500 quilombos em todas as regiões do país. Mais de 2.400 foram reconhecidos pela Fundação Palmares e aguardam sua titulação definitiva pelo Incra. Enquanto isso, só a Medida Provisória 759, recentemente sancionada pelo presidente Temer, pode regularizar de uma vez 2.376 terras públicas invadidas. É praticamente a institucionalização da grilagem de terras. São 4,3 milhões de hectares, o que dá quase um Estado do Rio de Janeiro. Os quilombos também estão na alça de mira de invasores. E eles têm agido com violência. Só na semana passada, dois líderes quilombolas foram assassinados na Bahia.
Quase 75% da população quilombola vivem em situação de extrema pobreza. Descendemos de pessoas que não nasceram aqui, chegaram ao Brasil acorrentadas em porões de navios. Portanto, não consideram nossos direitos originários, como os dos povos indígenas. Mas eles são garantidos por uma série de dispositivos. O principal é o Decreto 4.887, que regulamenta o procedimento para identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos. Mas também temos o Artigo 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e 215 e 216 da Constituição da República; a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho de 7 de junho de 1989; o Decreto Legislativo no 143 de 20 de junho de 2002; o Decreto 5.051 de 19 de abril de 2004, a Instrução Normativa no 49 do Incra e a Portaria n.o 98 da Fundação Cultural Palmares. Temos a lei.
A ADI 3.239 foi entregue ao Supremo Tribunal Federal em 25 de junho de 2004, pelo antigo Partido da Frente Liberal (PFL), atual Democratas (DEM). Uma decisão do STF pela inconstitucionalidade do Decreto 4.887 pode paralisar o andamento dos processos para titulação de terras quilombolas no Incra, além de ameaçar os já titulados. O julgamento vem se arrastando desde 2012 e será retomado agora, em 16 de agosto. A rapidez com que a população brasileira tem perdido direitos nos últimos tempos nos deixa bastante apreensivos. A manutenção do Decreto 4.887 é imprescindível para as comunidades quilombolas do Brasil.
Quilombo Ivaporunduva, 24 de julho de 2017
Entenda o caso
A ADI 3.239 foi levada ao Supremo Tribunal Federal em 25 de junho de 2004, pelo antigo Partido da Frente Liberal (PFL), atual Democratas (DEM). Uma decisão do STF pela inconstitucionalidade do Decreto 4.887 pode paralisar o andamento dos processos para titulação de terras quilombolas no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). E pior, pode anular os já titulados.
O julgamento se arrasta desde 2012 e será retomado no dia 16 de agosto. A matéria já esteve em pauta no Tribunal em ocasiões anteriores e o placar do julgamento está empatado em 1 x 1. O relator, Cezar Peluso, que já não integra o STF, foi favorável à ação naquela ano, enquanto a ministra Rosa Weber apresentou voto contrário, em 2015.
O voto da ministra, apesar de rechaçar categoricamente a inconstitucionalidade do decreto, defende a adoção de um “marco temporal” para o reconhecimento da titulação: apenas comunidades na posse de seus territórios em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição, teriam este direito. Isso pode prejudicar várias comunidades quilombolas existentes no país. Muitas delas foram expulsas de suas terras, inclusive com uso de violência.
A ADI também põe em risco os direitos garantidos às comunidades nos artigos 215 e 216 Constituição Federal; no Artigo 68 do Ato das Disposições Constitucionais; na Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT); no Decreto Legislativo nº 143/2002; no Decreto 5.051/2004; no Decreto 6.040/2007; na Instrução Normativa nº 49 do Incra; e na Portaria nº 98 da Fundação Cultural Palmares.

terça-feira, 1 de agosto de 2017

Sociologia com musica - E.01 - O Bêbado e A Equilibrista




Gravada em 1979, esta música de João Bosco (melodia) e Aldir Blanc (letra), retrata uma época marcante da história do Brasil e tornou-se um hino à anistia no período final da ditadura militar iniciada no golpe militar de 1964.
Ao fim da década de 1970 a ditadura brasileira sofria grandes reveses. A pressão pela abertura democrática vinha de todos os lados, mas o regime se mantinha duro e firme. As incertezas eram imensas e quem ousava levantar a voz contra o regime corria o risco de pagar, até com a própria vida, pelo ato.
Assim, este texto é um discurso de denúncia e esperança: O “Bêbado” é a classe artística, representada pelo seu símbolo-maior, Carlitos, personagem de Charles Chaplin, com toda sua aura de liberdade e utopia.
Chaplin foi um artista cujo trabalho visava as pessoas menos favorecidas, e no final dos seus filmes havia sempre uma estrada e uma esperança, onde Carlitos andava em direção ao infinito. A “Equilibrista” representa aquele fio de esperança que estava surgindo, a democracia.



Elis Regina

Caía a tarde feito um viaduto
E um bêbado trajando luto
Me lembrou Carlitos…

A lua
Tal qual a dona do bordel
Pedia a cada estrela fria
Um brilho de aluguel

E nuvens!
Lá no mata-borrão do céu
Chupavam manchas torturadas
Que sufoco!
Louco!
O bêbado com chapéu-coco
Fazia irreverências mil
Prá noite do Brasil.
Meu Brasil!…

Que sonha com a volta
Do irmão do Henfil.
Com tanta gente que partiu
Num rabo de foguete
Chora!
A nossa Pátria
Mãe gentil
Choram Marias
E Clarisses
No solo do Brasil…

Mas sei, que uma dor
Assim pungente
Não há de ser inutilmente
A esperança…

Dança na corda bamba
De sombrinha
E em cada passo
Dessa linha
Pode se machucar…

Asas!
A esperança equilibrista
Sabe que o show
De todo artista
Tem que continuar…




https://soundcloud.com/miro-santos-387918039/sme01_o-bebado-e-a-equilibrista