Opressão
É comemorado o dia Internacional da Mulher em 08 de Março. Mudanças ocorrem na sociedade as culturas são dinâmicas e há uma nova e maior participação da mulher. Não obstante, concomitantemente às mudanças, é reproduzido a ideologia machista que mantém o statu quo com práticas e pensamentos reacionários. A opressão, a diferença, a discriminação existem nas profissões, nas escolas, na política e na família.
Quem dúvida da continuidade ideológica da opressão é só ligar a TV: propaganda de cervejas que exploram o corpo feminino como mercadoria, programas sensacionalistas, saúde da mulher = magra e com cabelo liso, onde o corpo é mais importante do que a pessoa.
As mulheres possuem uma trajetória de luta. Direitos conquistado - e não doados pelos homens. Suas conquistas são resultados de mobilizações, reivindicações, protestos que tendem a exterminar ou diminuir as diferenças entre homens e mulheres.
Gênero
A utilização do conceito de gênero tem contribuído para um melhor entendimento da opressão da mulher e do conjunto das relações sociais. Ele nos remete para a ideia de relações opressoras de sexo/gênero, permite evidenciar que , além de exploração entre as classes sociais, existe a divisão sexual também desigual.
Não é possível falar em diferenças sexuais só na origem. A construção cultural e histórica das relações de gênero devem ser entendidas juntamente com os seus significados. O patriarcado é um problema a ser superado, contudo há também a luta de classes.
São varias questões a serem abordadas para a emancipação da mulher. Entender a questão da representação do feminino, lutar contra as desigualdades e preparar um ambiente de educação e cidadania plena. Pois é preciso deixar como legado a possibilidade de representação feminina nas esferas de poder.
Ler e dialogar com várias correntes teóricas que refletiram sobre o tema da emancipação feminina se faz necessário. Autores que iniciaram a construção, muitas vezes de maneira limitada, das histórias das lutas devem ser entendidos no contexto histórico. Karl Marx, Friedrich Engels, Lênin, Elizabeth Lobo, Branca Moreira Alves, Pierre Bourdieu, Gayle Rubin, entre outros.
Dados
1922 - Criação da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino.
mesmo ano, realização da Semana de Arte Moderna [destaque de Anita Malfadi e Tarsila do Amaral]
1932 - Luta das sufragistas, direito ao voto e garantindo direitos das mulheres trabalhadoras na CLT.
1964 a 1985 - luta contra o regime mlitar e pelas liberdades democráticas
1988 - Constituição de 88 inclui no Art. 5º, Inciso I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações.
Art. 7º, Inciso, XVIII, direito à licença da gestante [120] dias, sem prejuízo do emprego e do salário; Inciso XXV, assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até seis anos de idade em creches e pré-escolas; Inciso XXX, proibição de diferenças de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil.
1989 - Criação da 1º Coordenadoria da Mulher [em São Paulo governo da Luiza Erundina].
Década de 1990 - Participação na promoção das Conferências Mundiais, organizadas pela ONU - ECO 92; Direitos Humanos [Viena 83, Cairo 94, Beijing 95], nas quais o Estado deve assumir políticas publicas para as mulheres.
1996 - Instituição das cotas de 30% a 70 % para cada sexo na composição das chapas majoritárias dos partidos políticos.
2006 - Lei Maria da Penha, sancionada pelo Presidente da República determinando que, desde então , todo caso de violência doméstica contra a mulher passa a ser considerada crime.
2010 - Eleita a 1º Presidenta do Brasil em outubro.
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