Ao todo, 1.671 alunos da rede municipal de Campo Grande participam do programa Mais Educação, que oferece contraturno
Em vez de crianças nas ruas, ociosas, mais tempo na escola. Com essa premissa e enquanto o número de escolas de tempo integral não aumenta, em Campo Grande, 1.671 alunos da Rede Municipal de Educação (Reme), da Secretaria Municipal de Educação (Semed), participam do programa Mais Educação, financiado pelo Governo federal, que oferece, no contraturno da escola, atividades de Educação e lazer para estudantes com problemas de notas, comportamento ou defasagem de idade.
Os trabalhos são desenvolvidos em 12 escolas, com alunos do 1º ao 9º ano, e os resultados já aparecem, com os participantes mais comprometidos com sua própria Educação. Em todo o País, são dez mil estudantes que passam cerca 9h na escola. Na Capital, eles recebem almoço e um lanche, além da merenda escolar oferecida no horário de aula. O objetivo da Secretaria de Educação Continuada, do Ministério da Educação, é ampliar para 15 mil alunos atendidos já a partir do ano que vem.
"Cada escola adere ao programa e seleciona seis macrocampos (dentre acompanhamento pedagógico, Educação ambiental, esporte e lazer, direitos humanos, cultura e artes, cultura digital, promoção da saúde, comunicação e uso de mídias, investigação no campo das ciências da natureza e Educação econômica). As atividades são desenvolvidas com acompanhamento da secretaria e todos os alunos participam das oficinas", afirmou a coordenadora do Mais Educação da Semed, Evanir Bordim Sandim.
Muro
Na Escola Municipal Professora Leire Pimentel de Carvalho, no Jardim Colibri II, participam das atividades 199 alunos. Quem estuda pela manhã, permanece na escola após o fim das aulas regulares, almoça, tem um tempo de descanso, em que pode dormir, ir à biblioteca ou assistir a televisão. Em seguida, começam as oficinas.
"Já notamos que os alunos participantes melhoraram, e muito, o comportamento em sala de aula e o desempenho no boletim. Há muitos pedidos para ampliarmos o número de atendimentos. Tem alunos que pulam o muro da escola, vestem o colete que caracteriza os integrantes e passam a participar das atividades", afirmou a diretora Dejair dos Santos Silva.
O programa procura aliar a escola, família e sociedade e incentiva os alunos a utilizarem espaços públicos da própria comunidade. "Uma praça, um centro comunitário, a igreja pode ser usado como espaço para atividades", reforçou Evanir. As prefeituras assumem parte dos gastos, como alimentação, funcionários (coordenador, merendeiras). Por mês, a escola recebe R$ 500 para compra de material e, conforme a oficina oferecida, todo material é enviado pelo Governo federal.
"Se não estivesse aqui, estaria em casa ou na rua"
"Se não estivesse aqui, estaria em casa, dormindo, ou na rua. Agora, a
Escola se tornou legal". A declaração é do estudante Gustavo Souza
Gonçalves, de 15 anos, um dos participantes do Programa Mais Educação,
na Escola Leire Pimentel de Carvalho, desde agosto do ano passado.
Exemplo de como o projeto pode ajudar os estudantes, o adolescente conta
que suas notas eram em torno de 5,0. "Agora tiro 7, 8 e 9. Tenho
consciência do quanto melhorei meu comportamento e até ajudo a
professora, como monitor, a ensinar outros alunos".
A diretora Dejair dos Santos Silva confirma a mudança provocada em Gustavo. "Ele era um de nossos alunos mais problemáticos, vivia na minha sala por mau comportamento. Hoje, percebemos a transformação positiva que aconteceu".
Ele participa das oficinas de percussão e fanfarra, onde toca surdo. No judô, passou para a faixa cinza. "Conto para meus amigos o que faço na Escola. Alguns já me disseram que vão se mudar para a Leire só para participar, também".
Escola viva
Outro projeto desenvolvido no estabelecimento de ensino é o projeto Escola Viva, que abre as portas do colégio aos fins de semana para a comunidade. A população utiliza as quadras, sala de informática e têm cursos para o reforço do orçamento. Há mulheres que fizeram o curso de manicure e cabeleireiro e hoje já têm uma nova fonte de renda.
"Acreditamos que, dessa forma, a comunidade se torna parceira e isso reverte no aprendizado. Notamos queda da violência, da evasão Escolar e famílias que antes não se importavam agora dão mais atenção à vida Escolar dos filhos", avaliou a diretora.
Projeto
O projeto foi oferecido, pela primeira vez, em Campo Grande, em 2008, na Escola Municipal Wilson Taveira, no Bairro Aero Rancho. No ano seguinte, outros seis estabelecimentos — Ione Catarina Gianotti Igydio (Jardim Noroeste), João Cândido de Souza e Nazira Anache (ambas no Jardim Anache), Adair de Oliveira (Piratininga), Valdete Rosa da Silva (Jardim das Meninas) e Leire Pimentel de Carvalho Correa (Colibri II) — foram selecionados.
Neste ano, mais cinco colégios começaram a participar do projeto: Padre Tomaz Ghirardelli (Dom Antônio Barbosa), Kamé Adania (Nascente do Segredo), Heitor Castoldi (Vila Nhanhá), Hércules Maymone (Nova Lima) e Elízio Ramires Vieira (Pênfigo).
A diretora Dejair dos Santos Silva confirma a mudança provocada em Gustavo. "Ele era um de nossos alunos mais problemáticos, vivia na minha sala por mau comportamento. Hoje, percebemos a transformação positiva que aconteceu".
Ele participa das oficinas de percussão e fanfarra, onde toca surdo. No judô, passou para a faixa cinza. "Conto para meus amigos o que faço na Escola. Alguns já me disseram que vão se mudar para a Leire só para participar, também".
Escola viva
Outro projeto desenvolvido no estabelecimento de ensino é o projeto Escola Viva, que abre as portas do colégio aos fins de semana para a comunidade. A população utiliza as quadras, sala de informática e têm cursos para o reforço do orçamento. Há mulheres que fizeram o curso de manicure e cabeleireiro e hoje já têm uma nova fonte de renda.
"Acreditamos que, dessa forma, a comunidade se torna parceira e isso reverte no aprendizado. Notamos queda da violência, da evasão Escolar e famílias que antes não se importavam agora dão mais atenção à vida Escolar dos filhos", avaliou a diretora.
Projeto
O projeto foi oferecido, pela primeira vez, em Campo Grande, em 2008, na Escola Municipal Wilson Taveira, no Bairro Aero Rancho. No ano seguinte, outros seis estabelecimentos — Ione Catarina Gianotti Igydio (Jardim Noroeste), João Cândido de Souza e Nazira Anache (ambas no Jardim Anache), Adair de Oliveira (Piratininga), Valdete Rosa da Silva (Jardim das Meninas) e Leire Pimentel de Carvalho Correa (Colibri II) — foram selecionados.
Neste ano, mais cinco colégios começaram a participar do projeto: Padre Tomaz Ghirardelli (Dom Antônio Barbosa), Kamé Adania (Nascente do Segredo), Heitor Castoldi (Vila Nhanhá), Hércules Maymone (Nova Lima) e Elízio Ramires Vieira (Pênfigo).
Fonte: www.pnde.org
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